Desde a antiguidade, o ser humano percebeu que após abrasões ou esfoliações, a pele possuía a capacidade de renovar-se a partir das suas camadas mais profundas, mantendo um aspecto saudável e jovial.
Os peelings são uma forma de acelerar a renovação celular cutânea através de diversos agentes. Muitos estudos e pesquisas mostram o uso dos peelings na melhora da aparência de lesões cutâneas.
Classificação dos peelings. Os peelings são classificados de acordo com o agente indutor da descamação:
- Mecânico: microdermoabrasões;
- Físico: laser, gelo seco;
- Químico: substâncias químicas isoladas ou combinadas adequadamente para cada tipo de pele e profundidade da esfoliação.
- Muito superficial: esfoliação na qual o estrato córneo é removido sem causar lesão no estrato granuloso.
- Realizado por esteticistas.
- Superficial: atinge a camada córnea até a derme papilar;
- Médio: atinge a derme papilar até a derme reticular superior;
- Profundo: atinge a derme reticular média e profunda.
Complicações dos peelings
Quanto mais profundo o peeling maior deve ser o cuidade no pós-peeling. As complicações mais comuns são: esfoliação prematura, infecção, equimoses, hiperpigmentação pós-inflamatória, hipopigmentação, reações alérgicas e eritema.
Alterações celulares que o peeling desencadeia:
- Hiperplasia dos queratinócitos;
- Aumento da espessura da epiderme;
- Diminuição da quantidade de melanina depositada;
- Aumento da permeabilidade cutânea, favorecendo a penetração de princípios ativos necessários para o tratamento pós peeling e uma reepitelização completa da pele.
- Reepitelização: o peeling cria um ambiente que conduza à migração rápida das células epiteliais, acelera a cicatrização da lesão.
- Hidratação profunda – melhora o tônus, brilho e aspecto saudável.
- Retirar manchas da pele – torna a cor da pele mais uniforme
- Rugas finas e superficiais podem ser eliminadas ou atenuadas com os peelings. Quanto mais sessões melhor será o resultado final.
- Para peles ressecadas e ásperas – O peeling promove uma descamação e hidratação, tornando a pele lisa suave e hidratada.
- Renovação celular com estímulo de produção de colágeno – promove aparência rejuvenescida, pois melhora o turgor e o viço da pele.
- Diminui as cicatrizes de relevo causadas pela acne – Peelings médios de maior concentração e ação mais profunda da pele promovem melhora estética nas cicatrizes. Quando associado ao laser de Co2 fracionado podem obter resultado mais satisfatórios.
- Melhora aspecto da pele senil, devido ao espessamento da camada epidérmica causada por estímulo de colágeno
Tipos de Peeling
Agentes Indutores de Peelings: Peeling Superficial
· Solução de Jessner
A solução de Jessner é utilizada para descamações leves ou no preparo para uma descamação com o ácido tricloroacético ou outro tipo de ácido.
Prós
- Dificilmente ocorre descamação excessiva causando lesões profundas;
- Pode ser utilizado em peles finas e sensíveis;
- Propicia uma esfoliação razoavelmente uniforme;
- Útil no tratamento de discromias por provocar uma boa esfoliação quando o intuito é diminuir o número de queratinócitos que contém melanina;
- Como a concentração de resorcina na solução de Jessner é baixa, há um menor risco de toxicidade do que um peeling com resorcina na concentração usual.
- Causa grande esfoliação, o que alguns pacientes não gostam de ver;
- É possível que haja toxicidade devido à resorcina e o ácido salicílico;
- Apesar de ser uma descamação superficial, causa ardor e queimação significativos e é mais incômodo do que o processo realizado com ácido tricloroacético (TCA) a 10%.
Os peelings com AHA são úteis no tratamento de dermato-helioses, incluindo pele de textura áspera, discromias e rugas finas.
Prós
- Não são tóxicos e, portanto, seguros sistemicamente;
- Promove uma descamação muito superficial e poucas complicações;
- Como ocorre com outros agentes esfoliantes não fenólicos, quanto maior a concentração do ácido, mais agressiva será a ação e profundidade do peeling;
- As descamações são bem toleradas pelos pacientes.
- Precisa ser neutralizado para por fim à sua ação;
- Há uma enorme variabilidade de reatividade e eficácia de um paciente para outro;
- Devido ao tamanho muito pequeno das moléculas de ácido glicólico, a sua penetração na pele, tende a ser desigual.
O ácido salicílico é muito utilizado em peelings não faciais, principalmente nos braços e mãos para tratar manchas senis, ceratoses actínicas e perda de elasticidade.
Prós
- São tecnicamente fáceis de executar;
- Apresenta baixa incidência de complicações significativas;
- É difícil o agente esfoliante penetrar profundamente.
- Formas discretas de salicilismo são comuns, razão pela qual o procedimento deve ser apenas em um braço de cada vez;
- Período de cicatrização é prolongado.
Os peelings com ácido tricloroacético são muito versáteis em promover descamações de diferentes profundidades. Apresentam ótima estabilidade e baixo custo.
Prós
- Atóxico, não causando toxicidade sistêmica;
- A profundidade da descamação está correlacionada com a intensidade do enregelamento cutâneo;
- Não é necessário neutralizar o peeling com TCA;
- O uso do TCA em peelings profundos apresenta a vantagem sobre o peeling de fenol pela ausência de cardiotoxicidade e por causar menos hipopigmentação.
- Concentrações mais elevadas (acima de 40%) parecem mais propensas a causar cicatriz.
. Ácido retinóico
Os peelings de ácido retinóico promovem uma dermoesfoliação superficial. Muito usado no tratamento da acne por ter ação comedolítica e esfoliante. Prós
- Descamação discreta;
- Não provoca dor;
- Garante uma uniformidade na aplicação;
- Promove uma reepitelização rápida;
- O peeling de ácido retinóico pode ser repetido a cada 15 dias.
- Requer tempo de permanência do produto sobre a pele de 6 a 8 horas;
- Apresenta coloração amarelada que geralmente incomoda o paciente.
· Ácido mandélico
Os peelings de ácido mandélico são utilizados para o tratamento de problemas comuns de pele, tais como, fotoenvelhecimento, pigmentação irregular e acne.
Apresenta molécula maior que a do ácido glicólico, penetrando lentamente na pele. É um ativo seguro para ser aplicado em peles étnicas.Prós
- Atua de maneira homogênea e superficial;
- Apresenta ação anti-séptica somada as atividades alfa-hidroxiácidos;
- Bem tolerado pela maioria dos pacientes;
- Menos eritema e outros efeitos adversos na epiderme quando comparado ao ácido glicólico.
- Não causa descamação excessiva, o que alguns pacientes podem não gostar;
- Por ser um peeling superficial, não é indicado para rugas profundas.
Peelings Combinados
A combinação de dois agentes é feita na tentativa de obter uma descamação mais profunda. · Solução de Jessner e TCA
Como a solução de Jessner rompe a função de barreira da pele, o TCA penetra mais rápido e uniformemente do que se fosse aplicado na pele sem tratamento.
Pode-se usar essa combinação com TCA a 35%, 40%, 50%, ou a critério médico.
· Ácido Glicólico e TCA
O objetivo desse procedimento é conseguir uma descamação mais uniforme e profunda do que apenas com TCA.· Solução de Jessner e Ácido Glicólico
A solução de Jessner acaba com a função de barreira da pele, permitindo que o ácido glicólico origine uma descamação profunda mais uniforme.A solução de Jessner normalmente causa esfoliação cutânea, enquanto o ácido glicólico não pode fazer isso. Portanto, o uso de ambos os agentes juntos dá ao paciente os benefícios imediatos da esfoliação, bem como alguns dos benefícios estimulantes de um peeling com ácido glicólico.
· Peeling com cristais
O peeling com cristais é um método novo que consta de uma microabrasão com cristais de óxido de alumínio, através de equipamento específico que impulsiona os cristais em uma única direção sobre a pele com regulação de intensidade, permitindo tratar diferentes patologias. As vantagens do peeling com cristais são, entre outras, não necessitar de preparação prévia da pele, método indolor e proporcionar resultados muito satisfatórios.
· Repeeling
Geralmente após os peelings superficiais e de média profundidade é recomendável um repeeling, que deve ser realizado com cautela, de acordo com o tempo de cicatrização da pele de cada indivíduo, minimizando as chances de uma descamação mais profunda e complicações. Algumas diretrizes para a freqüência dos repeeling seguros são:
· Peelings muito superficiais: podem ser realizados até 1 vez por semana.
· Peelings superficiais: podem ser repetidos a cada 2 a 6 semanas, dependendo da quantidade de necrose epidérmica secundária. Um peeling epidérmico de espessura total não deve ser repetido durante um período de pelo menos 6 semanas, enquanto que um de espessura epidérmica parcial pode ser repetido em 2 a 3 semanas.· Peeling de média profundidade: podem ser repetidos a cada 3 a 6 meses.
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